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Segundo o Shiva Purana, numa era anterior à concepção do tempo, os Senhores Vishnu e Brahma se encontraram envolvidos em um enigma transcendental, um desafio cósmico para determinar quem, entre eles, detinha o domínio supremo entre os seres primordiais. Um acordo divino foi selado: eles competiriam para descobrir o início e o término de um colossal pilar de fogo, e aquele que alcançasse esse feito seria proclamado o Supremo entre os Deuses.
No ápice desse momento transcendental, Vishnu se metamorfoseou numa majestosa ave, um cisne celestial, e com suas asas graciosas iniciou sua jornada em busca dos limites do pilar ardente. Tempo passou, e o Senhor Vishnu, após um certo tempo, retornou ao ponto de partida, proclamando que o pilar era infinito, portanto, seria incapaz de delimitarmos um fim ou começo por causa de tamanha grandeza.
Em contrapartida, Brahma, após uma longa exploração, declarou ter alcançado o fim do pilar incandescente e, portanto, reivindicou o título de Deus supremo. No entanto, no ápice da tensão, no seio da colossal coluna de fogo, uma voz surgiu, ecoando como o sussurro dos cosmos, personificando-se na forma do Senhor Shiva, o supremo entre os seres divinos, que proclamou com firmeza: “Brahma, seu mentiroso! Eu não tenho começo nem fim!” Nesse instante, a verdade transcendental foi revelada.
Os 12 Jyotirlingas No Território Indiano
Os 12 Jyotirlingas que se espalham pelo vasto território da Índia guardam uma parcela da mesma energia que deu origem ao poderoso pilar de fogo e luz primordial, a primeira manifestação do Senhor Shiva. Atualmente, Shiva é frequentemente venerado na forma do Shivalinga, uma estrutura de pedra escura sobre a qual devotos derramam oferendas de flores, leite, óleo, manteiga, água e diversos outros símbolos de devoção.
Posteriormente, a energia emanada por esse Jyotirlinga primordial se fragmentou, espalhando-se por diversos locais sagrados na Índia contemporânea, somando um total de 64 locais, por onde passam peregrinos por todos os anos. Entre esses, destacam-se os 12 mais auspiciosos, e de acordo com a venerável tradição astrológica de Orissa, cada um desses 12 Jyotirlingas se correlaciona com um dos 12 signos do Zodíaco.
Mantras dos 12 Jyotirlingas
As pessoas que têm planetas em debilitação podem incluir em sua prática diária o mantra associado ao Jyotirlinga do signo oposto à sua debilitação, a fim de fortalecê-lo. Portanto, o Sol em Libra deve recitar o mantra de Áries, a Lua em Escorpião deve usar o de Touro, Mercúrio em Peixes deve utilizar o de Virgem, Marte em Câncer deve recitar o de Capricórnio, Vênus em Virgem deve escolher o de Peixes, Júpiter em Capricórnio deve adotar o de Câncer, Saturno em Áries deve recitar o de Libra, Rahu em Escorpião deve usar o de Gêmeos e Ketu em Touro deve utilizar o de Sagitário.
As escrituras dizem que aquele que recita estes mantras pela manhã ou pela noite, por pelo menos 108 vezes diariamente, alcança misericórdia sobre os seus pecados de até sete vidas anteriores e aqueles que visitam os templos que guardam o precioso tesouro destes jyotirlingas têm todos os seus desejos realizados.
Áries – Sol em Libra
Om Namah Shivaya Namo Rameshvaraya
Touro – Lua Em Escorpião
Om Namah Shivaya Namo Somanathaya
Gêmeos – Rahu em Escorpião/Sagitário
Om Namah Shivaya Namo Nageshvaraya
Câncer – Júpiter em Capricórnio
Om Namah Shivaya Namo Omkareshvaya
Leão
Om Namah Shivaya Namo Vaidyanathaya
Virgem – Mercúrio em Peixes
Om Namah Shivaya Namo Maalikarjunaya
Libra – Saturno em Áries
Om Namah Shivaya Namo Mahakalaya
Escorpião
Om Namah Shivaya Namo Grneshvaraya
Sagitário – Ketu em Touro/Gêmeos
Om Namah Shivaya Namo Vishvanathaya
Capricórnio – Marte em Câncer
Om Namah Shivaya Namo Bhimashankaraya
Aquário
Om Namah Shivaya Namo Kedanathaya
Peixes – Vênus em Virgem
Om Namah Shivaya Namo Tryambakeshvaraya