Muitas pessoas perguntam a respeito do nível de riqueza que pode ser ganha ainda nesta vida, isto ocorre através dos bons karmas obtidos através de vidas anteriores, que podem ser consultados no nosso mapa astral védico de nascimento. Muitos ficam extremamente preocupados com a ideia de que nunca serão ninguém na vida apenas porque possui debilitações (planetas em signos inauspiciosos segundo os clássicos) no mapa astral védico, mas a verdade é que este critério não é suficiente para definir riqueza.
As chamadas “exaltações clássicas” (उच्च, uchcha) referem-se aos signos onde determinados planetas ganham uma força para trazer auspiciosidade na vida da pessoa nascida naquele dia, isto de acordo com os tratados de astrologia védica mais conhecidos, pertencentes a maioria dos cânones (textos oficiais) das diferentes escolas.
Conforme diferentes astrólogos, dentre eles Parashara, esses planetas nestes signos eram responsáveis por abençoar a pessoa com virtudes nobres, saúde, progresso espiritual e habilidade para lidar com os outros durante a era onde esse conhecimento foi revelado, e ao mesmo tempo conferia poder e posição.
- Sol se exalta em Áries (10º)
- Lua se exalta em Touro (3º)
- Mercúrio se exalta em Virgem (15º)
- Vênus se exalta em Peixes (27º)
- Marte se exalta em Capricórnio (28º)
- Júpiter se exalta em Câncer (5º)
- Saturno se exalta em Libra (20º)
Rahu e Ketu não possuíam um consenso a respeito de qual o seu signo de exaltação, havendo escolas de pensamento que variavam sobre isto. Alguns diziam que Rahu se exaltava em Escorpião e Ketu se exaltava em Touro, já outras escolas diziam que deveria ser utilizado a força dos dispositores para conhecermos seus reais efeitos.
No contexto da era astrológica atual, Kali Yuga, essas posições pararam de premiar as pessoas com enormes poderes na sociedade e passaram a dar resultados medianos de riqueza, principalmente pela degradação, que influencia esta era. Por isso, um novo conceito precisou ser formulado pela linhagem Navaprabhatam de astrologia, as chamadas “exaltações de Kali Yuga”.
É importante mencionar que este conceito não é universalmente aceito, pois nem todas as escolas de jyotisha praticam o método científico védico, o pramana, e possuem uma abordagem mais dogmática às regras clássicas, onde “smirti” (escrituras de autoridade secundária de diferentes temas) são confundidos com “shruti” (verdade final revelada nos Vedas, Upanishads, dentre outras escrituras). O Maharishi Gautama, criador do método, formulou que a pratyaksha (observação direta) tem maior autoridade que shabda (testemunho dos sábios antigos). Esta técnica também não substitui as exaltações clássicas na medição de forças, mas serve como um método para prevermos o poder, prestígio e riqueza que alguma pessoa conquistará.
Assim, é possível que até mesmo um mapa que não possua as ditas exaltações prospere e muito no mundo de hoje. Entretanto, é crucial notar que essas posições não estão necessariamente associadas a outras formas de bênçãos, principalmente quando elas se confundem com as debilitações clássicas, que podem trazer infortúnios.
Esta nova lista deve ser comparada com as posições dos planetas nos signos que temos no Rasi (D-1) e Navamsha (D-9), tanto o planeta no signo diretamente, como o signo do dispositor (planeta que rege o signo do planeta analisado). Desta forma, se Sol está em Gêmeos e o Mercúrio, seu dispositor, em Câncer, o Sol terá resultado dessa exaltação de Kali Yuga. Você também pode considerar aspectos de planetas que estão no signo onde o planeta aspectado fica em um estado de exaltação de Kali Yuga, por exemplo, se há um Marte em Áries, recebendo aspecto de um planeta em Libra, então ele frutificará como um Marte em Libra, que é uma das exaltações de Kali Yuga do planeta.
A precisão desta técnica aumenta e muito se for utilizado um ayanamsha com base em Revati, como o Kërr A.I. e o uso da técnica de Jaimini de argalas e virodhargalas à partir do ascendente ou da Lua. Caso um planeta esteja cortado por maléficos, ou seja, havendo um maléfico antes e depois dele, considere este planeta que foi cortado como estando no próximo signo, para que possamos aplicar esta técnica corretamente.
- Sol em Câncer ou Aquário;
- Lua em Escorpião ou Sagitário;
- Mercúrio em Câncer ou Virgem;
- Marte em Câncer ou Libra;
- Vênus em Câncer ou Escorpião;
- Júpiter em Libra ou Leão;
- Saturno em Câncer ou Leão;
- Rahu em Gêmeos ou Áries;
- Ketu em Sagitário ou Touro;
Quanto maior o número dessas posições em um mapa astral védico, maior o nível de prestígio que uma pessoa poderá ter em sua vida, principalmente se esta análise estiver alinhada a outras técnicas já mencionadas e outras ainda não mencionadas.
Mapas De Exemplo
Bill Gates, bilionário e fundador da Microsoft
28/10/1955 às 22:00
Seattle, Washington (47N36, 122O20)
GMT +8
Este mapa possui todas as exaltações de Kali Yuga, mais uma porção de argalas sendo formadas.
Donald Trump, bilionário e ex-presidente americano
14/06/1946 às 10:54
New York, NY, EUA (40N42, 73O48)
Rahu está em Gêmeos, a Lua em Sagitário, Vênus em Câncer, Saturno em Câncer, Júpiter em Leão (considerando a retrogradação), Saturno está em Leão no Navamsha, existem planetas em Áries aspectando Rahu.
Jorge Paulo Lemann, bilionário brasileiro
26/08/1939, horário desconhecido
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Como não há uma hora definida, descartaremos qualquer tipo de posição da Lua no Navamsha ou o uso de casas nesta análise, já que na maioria das vezes, os signos no Navamsha se mantém os mesmos ao longo do dia, com exceção da Lua. O Sol recebe um aspecto de oposição de Marte, Mercúrio e Rahu no Navamsha, que estão em Aquário; Júpiter, estando retrógrado retorna para Aquário, seu signo anterior, recebendo um aspecto de oposição de planetas em Leão; Marte recebe aspecto de Mercúrio em Câncer, sua exaltação de Kali Yuga, Rahu recebe aspecto de oposição de Saturno em Áries; Vênus e Saturno estão ambos em Câncer no Navamsha.